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terça-feira, 29 de março de 2011

Neoclassicismo

Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo), que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão.
Principais características:
·         Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos;
·         Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;
·         Arte entendida como imitação da natureza.

ARQUITETURA

Tanto nas construções civis quanto nas religiosas, a arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano. Exemplos dessa arquitetura são: a igreja de Santa Genoveva, transformada depois no Panteão Nacional, em Paris, e a Porta do Brandemburgo, em Berlim.
PINTURA

A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.

Características da pintura:

·         Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante.
·         Exatidão nos contornos
·         Harmonia do colorido
Os maiores representantes da pintura neoclássica:
Jacques-Louis David - foi considerado o pintor da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções.
Obra destacada: Bonaparte atravessando os Alpes e Morte de Marat
                                               
Jean-Auguste-Dominique Ingres (1780-1867), o pintor foi uma espécie de cronista visual da sociedade de seu tempo. Ingres acreditava que a tarefa primordial da arte era produzir quadros históricos. Ardoroso defensor da pureza das formas, ele afirmava, por exemplo, que desenhar uma linha perfeita era muito mais importante do que colorir.
 “A pincelada deve ser tão fina como a casca de uma cebola", repetia a seus alunos. Sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na sua confiança na individualidade. Amante declarado da tradição. Ingres passou a vida brigando contra a vanguarda artística francesa representada pelo pintor romântico Eugène Delacroix, contudo foi Ingres, e não o retórico e inflamado Delacroix, o mais revolucionário dos dois. A modernidade de Ingres está justamente na visão distanciada que tinha de seus retratados, na recusa a produzir qualquer julgamento moral a respeito deles, numa época em que se consumava o processo de aliança entre a nobreza e a burguesia. O detalhismo também é uma das suas marcas registradas. Seus retratos são invariavelmente enriquecidos com mantos aveludados, rendas, flores e jóias.  

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