Em 1871 escreveu uma série de poemas satíricos sobre as pessoas de São Luís, perdendo o emprego de amanuense (copista de textos à mão).
Seguiu para o Rio (1873), onde foi tradutor de folhetins e revisor de "A Reforma", tornando-se conhecido por seus versos humorísticos. Escrevendo para o teatro , alcançou enorme sucesso com as peças "Véspera de Reis" e "A Capital Federal". Fundou a revista "Vida Moderna", onde suas crônicas eram muito populares.
Artur de Azevedo, prosseguindo a obra de Martins Pena, consolidou a comédia de costumes brasileira, sendo no país o principal autor do Teatro de revista, em sua primeira fase. Sua atividade jornalística foi intensa, devendo-se a ele a publicação de uma série de revistas, especializadas, além da fundação de alguns jornais cariocas.
Bibliografia
Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras. Como diretor do Teatro João Caetano, no Rio, encenou quinze originais brasileiros em menos de três meses.Escreveu ainda
- "Sonetos" (1876)
- "Contos possíveis" (1908)
- "Rimas" (1909)
Para o teatro escreveu, entre outras
- O Rio de Janeiro de 1877 (1878)
- O Bilontra (1885)
- A Almanjarra (1888)
- O Dote (1888)
- O Badejo (1898)
- Confidências (1898)
- O Jagunço (1898)
- Comeu! (1902)
Fonte: pt.wikpedia.com
(1855-1908)
Contista, poeta, teatrólogo e jornalista. Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís (MA), em 7 de julho de 1855. Filho de David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães. Aos oito anos demonstrou gosto para o teatro e fez adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo. Pouco depois passou a escrever, ele próprio, suas peças. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Foi empregado na administração provincial e logo após foi demitido por publicar sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançou as primeiras comédias nos teatros de São Luís (MA). Com 15 anos escreveu a peça Amor por anexins.Foi para o Rio de Janeiro no ano de 1873. Empregou-se no Ministério da Agricultura e ensinou Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no Jornalismo que se desenvolveu em atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, junto com Olavo Bilac, Coelho Neto, entre outros. Neste tempo escreveu as peças dramáticas, O Liberato e A Família Salazar, que sofreu censura imperial e foi publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata. Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro.
Em 1889, reuniu um volume de contos dedicado a Machado de Assis, seu companheiro na Secretaria da Viação. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia. Morreu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1908.
Obras
A CASADINHA DE FRESCOA JÓIA
AMOR POR ANEXINS
A PELE DE LOBO
À PORTA DA BOTICA
O LIBERATO
A ALMANJARRA
ENTRE A MISSA E O ALMOÇO
O BARÃO DE PITUAÇU
O ESCRAVOCRATA
O HOMEM
O TROBOFE
VIAGEM AO PARNASO
UMA VÉSPERA DE REIS
Fontes: www.bibvirt.futuro.usp.br
Arthur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855. Foi, ao lado do irmão Aluísio, um dos fundadores da ABL, na qual criou a cadeira 29, que tem como patrono Martins Pena.Arthur Azevedo foi jornalista, poeta, contista e teatrólogo. Entre seus companheiros figuravam Olavo Bilac e Coelho Neto.
Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, tendo escrito as peças O Liberato e A Família Salazar, esta última escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibidas pela censura do Império, e mais tarde, publicadas em um volume intitulado O escravocrata.
Sua ligação com o teatro se reflete nos quatro mil artigos sobre eventos artísticos, publicados em jornais de grande circulação da época tais como O País, O Diário de Notícias e O Mequetrefe, no qual teve importante participação como articulista.
Embora já escrevesse contos desde 1871, foi só em 1889 que se animou a reunir alguns deles no volume Contos Possíveis, dedicado a Machado de Assis.
Simultaneamente aos contos e artigos, desenvolvia também os teatros de revista, ou somente revistas que o projetaram como um dos maiores teatrólogos brasileiros do gênero.
Além disso, durante três décadas lutou pela construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.
Sua produção em revista é a seguinte:
Em 1884, escreve, com Moreira Sampaio, a revista O Mandarim. Sai O escravocrata, reunião de duas peças anteriores (O Liberato e A família Salazar), escrito em colaboração de Urbano Moraes.
Em 1885, publica, em parceria com Moreira Sampaio, Cocota.
Em 1886 sai a revista O Bilontra, escrita conjuntamente com Moreira Sampaio, e Mercúrio,encenada no teatro Lucinda.
Em 1887, assinada por Arthur Azevedo e Moreira Sampaio, estréia no teatro O Carioca.
O Homem sai em 1887, e também é escrita pela dupla Arthur Azevedo e Moreira Sampaio. A revista é baseada no romance homônimo do irmão de Arthur, o naturalista Aluísio Azevedo.
Em 1889 Azevedo e Sampaio lançam, no Teatro Santana, a revista Dona Sebastiana
Em 1890 sai a revista A República, publicada juntamente com o irmão Aluísio. A estréia da revista foi no dia 26 de março do mesmo ano; composta por 13 quadros, parece ter sido um dos poucos sucessos de 90; Rose Villiot, uma das estrelas do gênero de revista da época, representou o papel da República.
No ano de 1892 sai O Tribofe, assinada somente por Arthur Azevedo.
Em 1897 sai Capital Federal.
Em 1898, O Jagunço.
Em 1899, Arthur Azevedo "empresta" de Os Miseráveis, de Vitor Hugo, a personagem de um herói adolescente, cujo nome era Gavroche, para dar nome à sua revista.
Em 1902 publica O retrato a óleo
Em 1907 escreve O dote, que segundo a crítica é umas de suas mais bem acabadas revistas.
Os contos e poesias de Arthur Azevedo publicados são os seguintes:
Carapuças, poesias (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em Verso (1898); Vida Alheia, contos (1929); O Oráculo (1956); Teatro (1983).
Arthur Azevedo faleceu no dia 22 de outubro de 1908.
Fonte: www.unicamp.br
ARTHUR AZEVEDO
(1855 - 1908)
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (07/07/1855 - 22/10/1908)Contista, poeta, dramaturgo e jornalista, nasce em São Luís, filho do vice-cônsul português Davi Gonçalves de Azevedo e de Emília Amália Pinto de Magalhães, e irmão do romancista Aluísio de Azevedo (1857 - 1913). Em 1868 é obrigado, pelo pai, a abandonar os estudos para se dedicar ao comércio - e nesse mesmo ano tem sua primeira peça encenada, Amor por Anexins. É um dos criadores do Teatro Normal, adaptado em uma das dependências do Gabinete Português de Leitura, onde também atua e para o qual escreve peças. Publica em 1871 seu primeiro livro de poemas, Carapuças. Dois anos depois, muda-se para o Rio de Janeiro, e passa a colaborar em vários periódicos, entre eles Diário do Rio de Janeiro, Correio da Manhã, O Mequetrefe, Kosmos e O País. Entre 1876 e 1908 traduz e adapta 14 dramas, comédias e operetas francesas em verso. Escreve também para o teatro de revista e participa intensamente das campanhas abolicionistas, ora com artigos em jornais, ora com encenação de peças, como O Liberato. É um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras - ABL, em 1897. Morre no Rio de Janeiro em 1908.
Fonte: www.itaucultural.org.br
Artur Azevedo (Artur Nabantino Gonçalves de Azedo), jornalista, poeta, contista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena.Foram seus pais David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, corajosa mulher que, separada de um comerciante, com quem casara a contragosto, já vivia maritalmente com o funcionário consular português à época do nascimento dos filhos: três meninos e duas meninas. Casaram-se posteriormente, após a morte na Corte, de febre amarela, do primeiro marido. Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever, ele próprio, as peças que representava. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís. Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de amanuense da Fazenda. Obtida a classificação, transferiu-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1873, e logo obteve emprego no Ministério da Agricultura.
A princípio, dedicou-se também ao magistério, ensinando Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no jornalismo que ele pôde desenvolver atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, onde seus companheiros eram Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto. Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus ardorosos artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, esta escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibida pela censura imperial e publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata. Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro, nas seções que manteve, sucessivamente, em O País ("A Palestra"), no Diário de Notícias ("De Palanque"), em A Notícia (o folhetim "O Teatro"). Multiplicava-se em pseudônimos: Elói o herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o trocista, e outros. A partir de 1879 dirigiu, com Lopes Cardoso, a Revista do Teatro. Por cerca de três décadas sustentou a campanha vitoriosa para a construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.
Embora escrevendo contos desde 1871, só em 1889 animou-se a reunir alguns deles no volume Contos possíveis, dedicado pelo autor a Machado de Assis, que então era seu companheiro na secretaria da Viação e um de seus mais severos críticos. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia, constituídos de histórias deixadas por Artur de Azevedo nos vários jornais em que colaborara.
No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor de assuntos do cotidiano da vida carioca, e observador dos hábitos da capital. Os namoros, as infidelidades conjugais, as relações de família ou de amizade, as cerimônias festivas ou fúnebres, tudo o que se passava nas ruas ou nas casas lhe forneceu assunto para as histórias. No teatro foi o continuador de Martins Pena e de França Júnior. Suas comédias fixaram aspectos da vida e da sociedade carioca. Nelas teremos sempre um documentário sobre a evolução da então capital brasileira. Teve em vida cerca de uma centena de peças de vários gêneros e extensão (e mais trinta traduções e adaptações livres de peças francesas) encenadas em palcos nacionais e portugueses. Ainda hoje continua vivo como a mais permanente e expressiva vocação teatral brasileira de todos os tempos, através de peças como A jóia, A capital federal, A almanarra, O mambembe, e outras.
Outra atividade a que se dedicou foi a poesia. Foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, porque pertenceu à geração de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, todos sofrendo a influência de poetas franceses como Leconte de Lisle, Banville, Coppée, Heredia. Mas Artur Azevedo, pelo temperamento alegre e expansivo, não tinha nada que o filiasse àquela escola. É um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.
OBRAS
Carapuças (1872); Sonetos (1876); Uma Véspera de Reis (1876); Jóia (1879); O Escravocrata (1884); Almanjarra (1888); Contos Possíveis (1889); Contos Fora de Moda (1893); A Capital Federal (1897); Contos Efêmeros (1897); Rimas (1909); Contos Cariocas (1929); Teatro (1983).UM AUTOR DE PRIMEIRA GRANDEZA
"Variam os gêneros, sim, varia a maior ou menor importância ligada ao assunto em momento de escrever; mas, apesar disso, apesar das diferentes épocas a que são atribuídos, os contos, o processo comum da frase, a preferência dos assuntos, o capricho da surpresa final, o pensamento humorístico encerrado como moralidade da fábula, adotadas as atenções convenientes ao assunto, ora grave, ora alegre, ora rasgadamente burlesco, constituem, do princípio ao fim do livro, uma demonstração indiscutível de unidade genésica. [...] O que fica fora de dúvida é que os Contos Possíveis fazem um livro de primeira ordem, a mais interessante das leituras e um dos mais belos títulos de orgulho da atualidade literária." (Raul Pompéia, O Farol)Extrato da obra Histórias Brejeiras
Uma bela tarde em que se achavam ambos sentados no canapé, e o Simplício Gomes, afastado, num canto da sala, folheava um álbum de retratos, o Bandeira levantou-se dizendo:
– Vou-me embora; tenho ainda que dar umas voltas antes da noite.
– Ora, ainda é cedo; fique mais um instantinho, replicou Dudu, sem se levantar do canapé.
– Já lhe disse que tenho que fazer! Peço-lhe que vá desde já se habituando a não contrariar as minhas vontades! Olhe que depois de casado, hei de sair quantas vezes quiser sem dar satisfações a ninguém!
– Bom; não precisa zangar-se...
– Não me zango, mas contrario-me! Não me escravizei; quero casar-me com a senhora, mas não perder a liberdade!
– Faz bem. Adeus. Até quando?
– Até amanhã ou depois.
O Bandeira apertou a mão de Dudu, despediu-se com um gesto do Simplício Gomes, e saiu batendo passos enérgicos, de dono de casa. Dudu ficou sentada no canapé, olhando para o chão. O Simplício Gomes aproximou-se de mansinho, e sentou-se ao seu lado. Ficaram dez minutos sem dizer nada um ao outro. Afinal Dudu rompeu o silêncio. Olhou para o céu iluminado por um crepúsculo esplêndido, e murmurou:
– Vamos ter chuva.
– Não diga isso, Dudu: o tempo está seguro!
– Apostemos!
– Pois apostemos! Eu perco uma coisa bonita para o seu enxoval de noiva. E você?
– Eu... perco-me a mim mesma, porque quero ser tua mulher!
E Dudu caiu, chorando, nos braços de Simplício Gomes.
Fonte: virtualbooks.terra.com.br
Artur Azevedo (A. Nabantino Gonçalves de A.), jornalista, poeta, contista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena.Foram seus pais David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, corajosa mulher que, separada de um comerciante, com quem casara a contragosto, já vivia maritalmente com o funcionário consular português à época do nascimento dos filhos: três meninos e duas meninas. Casaram-se posteriormente, após a morte na Corte, de febre amarela, do primeiro marido. Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever, ele próprio, as peças que representava. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís. Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de amanuense da Fazenda. Obtida a classificação, transferiu-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1873, e logo obteve emprego no Ministério da Agricultura.
A princípio, dedicou-se também ao magistério, ensinando Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no jornalismo que ele pôde desenvolver atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, onde seus companheiros eram Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto. Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus ardorosos artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, esta escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibida pela censura imperial e publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata. Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro, nas seções que manteve, sucessivamente, em O País ("A Palestra"), no Diário de Notícias ("De Palanque"), em A Notícia (o folhetim "O Teatro"). Multiplicava-se em pseudônimos: Elói o herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o trocista, e outros. A partir de 1879 dirigiu, com Lopes Cardoso, a Revista do Teatro. Por cerca de três décadas sustentou a campanha vitoriosa para a construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.
Embora escrevendo contos desde 1871, só em 1889 animou-se a reunir alguns deles no volume Contos possíveis, dedicado pelo autor a Machado de Assis, que então era seu companheiro na secretaria da Viação e um de seus mais severos críticos. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia, constituídos de histórias deixadas por Artur de Azevedo nos vários jornais em que colaborara.
No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor de assuntos do cotidiano da vida carioca, e observador dos hábitos da capital. Os namoros, as infidelidades conjugais, as relações de família ou de amizade, as cerimônias festivas ou fúnebres, tudo o que se passava nas ruas ou nas casas lhe forneceu assunto para as histórias. No teatro foi o continuador de Martins Pena e de França Júnior. Suas comédias fixaram aspectos da vida e da sociedade carioca. Nelas teremos sempre um documentário sobre a evolução da então capital brasileira. Teve em vida cerca de uma centena de peças de vários gêneros e extensão (e mais trinta traduções e adaptações livres de peças francesas) encenadas em palcos nacionais e portugueses. Ainda hoje continua vivo como a mais permanente e expressiva vocação teatral brasileira de todos os tempos, através de peças como A jóia, A capital federal, A almanarra, O mambembe, e outras.
Outra atividade a que se dedicou foi a poesia. Foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, porque pertenceu à geração de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, todos sofrendo a influência de poetas franceses como Leconte de Lisle, Banville, Coppée, Heredia. Mas Artur Azevedo, pelo temperamento alegre e expansivo, não tinha nada que o filiasse àquela escola. É um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.
Obra
Carapuças, poesia (1871); Sonetos (1876); Um dia de finados, sátira (1877); Contos possíveis (1889); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897); Contos em verso (1898); Rimas, poesia (1909); Contos cariocas (1928); Vida alheia (1929); Histórias brejeiras, seleção e prefácio de R. Magalhães Júnior (1962); Contos (1973).TEATRO
Amor por anexins (1872); A filha de Maria Angu (1876); Uma véspera de reis (1876); Jóia (1879); O escravocrata, em colaboração com Urbano Duarte (1884); A almanarra (1888); A capital federal (1897); O retrato a óleo (1902); O dote (1907); O oráculo (1956); Teatro (1983).Fim da Briografia cedida pela Academia Brasileira de Letras
Revistas
O Rio de Janeiro em 1877 (com Lino d'Assumpção - 1877); Tal Qual Como Lá (com França Júnior - 1879, não encenada), O Mandarim (com Moreira Sampaio - 1883); Cocota (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Bilontra (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Carioca (com Moreira Sampaio - 1884/1887); O Mercúrio e o Homem (com Moreira Sampaio - 1884/1887); Fritzmac (com Aluísio de Azevedo - 1888); A República (com Aluísio de Azevedo - 1889), proibida pela censura; Viagem ao Parnaso (1890); O Tribofe (1891); O Major (1894); A Fantasia (1895); O Jagunço (1897); Gavroche (1898); Comeu! (1901); Guanabara (com Gastão Bousquet - 1905) e O Ano Que Passa (1907) não encenada, publicada como folhetim.Fonte: www.academia.org.br
ARTUR AZEVEDO
"O Consolidador da Comédia de Costumes"
RESUMO BIOGRÁFICO (*07/07/1855 + 22/10/1908)Artur Nabantino Gonçalves Azevedo, muitas vezes denominado Arthur Azevedo, nasceu em 7 de julho de 1855, em São Luís do Maranhão-MA.
Com 15 anos escreveu sua primeira peça Amor por Anexins. Em 1873, aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro onde começou sua carreira como jornalista.
Trabalhou nos jornais "O Paiz", "Correio da Manhã", "O Século" e foi crítico teatral em "A Notícia" e fundou as revistas "O Domingo", "Revista dos Teatros", "A Gazetinha" e "O Álbum".
Suas atividades iniciais no teatro se deram, a princípio, na tradução livre e na adaptação de comédias francesas. A Filha de Maria Angu, foi seu primeiro sucesso teatral, foi uma imitação brasileira da opereta francesa "La Fille de Mme. Angot". Traduziu ao longo de sua carreira cerca de 40 peças para o teatro.
No final do século XIX, Artur Azevedo dominou o cenário teatral brasileiro. Deixou cerca de 25 comédias, 19 revistas-de-ano e 20 operetas e burletas. Além disso, foi um dos responsáveis pela construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado logo após a sua morte ocorrida em 22 de outubro de 1908.
Artur Azevedo foi o consolidador da comédia de costumes iniciada por Martins Pena. Autor muito popular, retratou os costumes da sociedade brasileira do final da Monarquia e início da República.
Fonte: www.nossosaopaulo.com.br
Nome literário: Azevedo, Artur.Nome completo: Azevedo, Artur Nabantino Gonçalves de.
Pseudônimo: Elói, o Herói; A Gavroche; Petronio; Cosimo; Juvenal; Dorante; Cractchi; Passos Nogueira; Frivolino.
Nascimento: São Luís, MA, 7 de julho de 1855.
Falecimento: Rio de Janeiro, RJ, 1908
Biografia
Contista, poeta, teatrólogo e jornalista. Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís (MA), em 7 de julho de 1855. Filho de David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães. Aos oito anos demonstrou gosto para o teatro e fez adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo. Pouco depois passou a escrever, ele próprio, suas peças. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Foi empregado na administração provincial e logo após foi demitido por publicar sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançou as primeiras comédias nos teatros de São Luís (MA). Com 15 anos escreveu a peça Amor por anexins.Foi para o Rio de Janeiro no ano de 1873. Empregou-se no Ministério da Agricultura e ensinou Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no Jornalismo que se desenvolveu em atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, junto com Olavo Bilac, Coelho Neto, entre outros. Neste tempo escreveu as peças dramáticas, O Liberato e A Família Salazar, que sofreu censura imperial e foi publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata. Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro.
Em 1889, reuniu um volume de contos dedicado a Machado de Assis, seu companheiro na Secretaria da Viação. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia. Morreu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1908.
Fonte: www.cervantesvirtual.com
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